Foto: Clive Gavin Andrews
Faleceu na tarde de
segunda-feira (26), o artista plástico Raimundo Pantaleão, vítima de um infarto
fulminante, enquanto passeava na orla do Araxá, próximo ao prédio onde funcionou a rádio 102 FM. Seu corpo está
sendo velado em sua galeria de arte, espaço que seria inaugurado por ele esta
semana, localizada na 11ª Avenida do Congós.
Nasceu no município de Amapá e desde
cedo, despertou o seu talento pelas artes plásticas. Autodidata, Pantaleão sempre
manifestou publicamente o amor que sentia pelo Estado do Amapá, suas pessoas,
cultura, tradições e costumes. A suas obras eram a concretização deste
sentimento.
Foto: Clive Gavin Andrews
Através da combinação de areia, terra,
argila, minerais (manganês), criou pigmentações que originaram em quadros,
esculturas, telas e souvenir que retratam diversas temáticas do cotidiano
amapaense, como a vida das louçeiras do Maruanum, das benzedeiras do Amapá, dos
carregadores de açaí, a revoada dos uirapurus, as marcas históricas do Cunani
Maracá, as dançarinas de Marabaixo e Batuque, os ribeirinhos, o dia a dia da
comunidade do Curiaú.
O
artista era funcionário da Escola de Artes R. Peixe. Conhecido por executar
obras de cunho autêntico, Pantaleão aliava a sua aptidão com técnicas que ele
aprendeu ao longo do curso de Artes Visuais, realizado na Universidade Federal
do Amapá. Durante a 48ª Expofeira, ocorreu uma exposição com suas mais recentes
obras. "Não abro mão do amor que tenho pela minha terra. O meu berço, a
minha origem vem da terra e esse sentimento transcedo para minhas obras".
Raimundo Pantaleão.
O Amapá perde um grande artista, uma referência em qualidade artística. Mas o grande artista fica eterno em suas obras. E como todo bom artista, Pantaleão é único e insubstituível.
ResponderExcluirAlessandro Correia da Silva.